Tiros foram dados diretamente contra ajudante de entrega, segundo Polícia civil
Informações foram repassadas à imprensa na tarde desta quarta-feira (25) durante coletiva sobre o caso do homicídio do ajudante de entrega André Luís Godinho dos Reis. Suspeito do crime é Sargento da Polícia Militar de Guaxupé
O Sargento da Polícia Militar de Guaxupé, Fabiano Ramos, está preso no 20º Batalhão da Polícia Militar, em Pouso Alegre (MG). Ele está detido desde o fim da tarde de terça-feira (24), suspeito de ter assassinado o ajudante de entregas André Luís Godinho dos Reis, de 38 anos. André, que vivia em Passos (MG) foi morto com três tiros de pistola .40, depois de um briga de trânsito com o policial militar, que estava de folga.
A peça chave para esclarecer os fatos é um vídeo de aproximadamente cinco minutos, feitos no celular da vítima.” Os disparos teriam sido dados diretamente para vítima”, afirmou o delegado Alexandre Campezato, que fez o flagrante do caso. O vídeo está com a polícia civil e ainda deverá passar por perícia segundo informou o delegado Gabriel Belchior, que preside o inquérito. Apesar da prisão do policial e do depoimento da principal testemunha do caso, o motorista Flávio de Jesus Batista, 38, que também se envolveu na briga, Belchior informou que outras testemunhas serão ouvidas.
Delegado Regional Marcus Roberto Piedade explicou aos repórteres que o crime foi tipificado como Homicídio Doloso Duplamente Qualificado e que será julgado em juri popular. Ainda segundo o delegado, o policial militar está em prisão militar por questões de segurança.
O caso
André Luís Godinho dos Reis morreu enquanto era socorrido para o PS de Guaxupé. Ele teria sido atingido por três disparos de arma de fogo- na perna, no braço e no abdômen- durante briga entre ele, o motorista Flávio de Jesus Batista e o Sargento da Polícia Militar. o crime aconteceu na Praça Abílio Corrêa, no Parque das Orquídeas, ao lado do Supermercado São João.
A discussão entre os envolvidos teria começado quatro horas antes, na Avenida Dona Floriana, próximo ao Colégio Dom Inácio. O policial teria deixado a porta do carro aberta ao estacionar, e atrapalhado o motorista do caminhão. Segundo os ocupantes do veículo de carga, o policial teria feito gesto obsceno e o ajudante teria saído do veículo, que estava parado, para discutir. Com os ânimos mais calmos o motorista e André seguiram fazendo entregas em vários estabelecimentos comerciais de Guaxupé.
Após a discussão, o sargento teria ido à zona rural da cidade e reencontrado com os ocupantes do caminhão na rua lateral do supermercado.
Segundo informação do assessor de comunicação da Polícia Militar de São Sebastião do Paraíso, Tenente Nunes, nesse momento, a vítima e motorista teriam reiniciado a discussão e o sargento pediu para que eles se afastassem. O policial alegou que realizou dois disparos para o chão e que mesmo assim os homens continuaram e avançar sobre ele. Na versão da testemunha, o policial militar estava tirando fotos do caminhão quando foi abordado. O sargento teria disparado diretamente contra a vítima e ainda teria disparado contra a cabeça de André, mas o tiro falhou.
Em entrevista na manhã desta quarta-feira, para a rádio Ind FM, de Passos, Flávio afirmou que ainda foi ameaçado, caso chamasse a polícia. Ele explicou que o policial ainda tentou dar mais dois tiros contra ele, mas novamente a arma falhou.
Segundo o Delegado Alexandre Campezato, no momento da primeira discussão, próximo ao colégio, o Sargento não estava armado.
Rotina de entregas
Diariamente o motorista e o ajudante, que são de Passos, vinham à Guaxupé para realizar entregas no comércio da Cidade. André era contratado do motorista. Comerciantes que conheciam o motorista e o ajudante lamentaram o crime. Segundo um comerciante, que não quis se identificar, André era brincalhão.
O ajudante era casado e tinha um filho de 10 anos e um enteado de 29.
As informações completas sobre a investigação na edição desta quinta-feira do Jornal TV Sul Às 12h.
Este policial está totalmente errado tem que ser punido porque motou um pai de família matou covardemente